É muito comum o uso de termos como “espécies exóticas” e “espécies invasoras”, mas você sabia que elas são diferentes?
Espécies exóticas são consideradas como todas espécies que se encontram fora de sua área de distribuição natural, ou seja, são as espécies que originaram em um local diferente daquele onde está inserida.
Espécies invasoras são aquelas espécies exóticas que se multiplicam sem controle e, assim, representam uma ameaça para as espécies nativas e para o equilíbrio do ecossistema.
Espécies exóticas não invasoras
Nem todas espécies exóticas são invasoras, isto é, algumas espécies exóticas não representam risco àquele ambiente onde se encontram presentes.
Existem espécies exóticas que são naturalizadas, por exemplo, em que sua população não afeta negativamente o ecossistema nativo. Outras são consideradas casuais, ou seja, estão presentes naquele ambiente por um tempo, mas não conseguem formar uma população permanente.
Espécies exóticas invasoras
As invasoras se adaptam às condições do ambiente no qual se inserem e, além de suas vantagens competitivas naturais, são favorecidas pela ausência de inimigos naturais (predadores), o que lhes permite se multiplicar e degradar ecossistemas. Elas competem com as espécies nativas por recursos como território, água e alimento. Em alguns casos, se alimentam das espécies nativas, o que agrava ainda mais seu impacto ao meio ambiente local.
A invasão de relativamente poucas espécies muito adaptáveis e competitivas sobre áreas distintas do globo tende a empobrecer e homogeneizar os ecossistemas, e, hoje, é a segunda maior ameaça à perda de espécies nativas, atrás apenas da redução/degradação de habitats. As Invasoras são responsáveis por declínios populacionais e extinções.
Invasões podem acontecer de maneira natural, entretanto, as atividades e movimentações humanas são a principal razão na introdução de espécies exóticas em praticamente todas as regiões do globo. À medida que novos ambientes são colonizados e ocupados pelo homem, plantas e animais domesticados são transportados, e proporcionam condições de dispersão muito além das capacidades naturais das espécies exóticas.
Temos como exemplo a carnaúba, espécie de planta típica brasileira, que tem sido ameaçada por uma espécie de planta de Madagascar, conhecida como Unha do Diabo (Cryptostégia grandiflora). Esta se enrosca na carnaúba, sufocando-a e causando sua morte, acarretando prejuízos, inclusive econômicos, pelo fato de que a cera desta é fonte de renda para muitos moradores da região.
Espécies invasoras comuns na cidade de são Paulo
agave, piteira (Agave sp.)
amoreira (Morus sp.)
espada-de-são jorge (Sansevieria trifasciata)
jacarandá-mimoso (Jacaranda mimosaefolia)
tipuana (Tipuana tipu)
Manejo de espécies exóticas invasoras
Sabendo da importância do problema causado pelas espécies exóticas invasoras, diversos estudos vêm sendo realizados e medidas sendo implementadas, no âmbito da prevenção, controle, monitoramento, erradicação e mitigação de impactos.
É importante ressaltar que todas as medidas exigem muitos estudos, discussões e planos de ação, envolvendo diversos setores da sociedade.
Referências
https://arvoresdesaopaulo.wordpress.com/plantas-invasoras-lista/
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